quinta-feira, 14 de julho de 2011




Há uma chama acendendo no meu coração
Chegando num ponto de febre, está me tirando da escuridão
Finalmente eu posso vê-lo claro como um cristal
Vá em frente e me abandone, eu aguentarei suas merdas

Veja como eu o deixo com cada pedaço seu
Não subestime as coisas que eu vou fazer
Há uma chama acendendo no meu coração
Chegando num ponto de febre
E está me tirando da escuridão

As cicatrizes do teu amor me fazem lembrar de nós
Me fazem pensar que nós tinhamos quase tudo
As cicatrizes de seu amor me deixam sem fôlego
Eu não consigo evitar a sensação


Querido, não tenho nenhuma história a ser contada
Mas ouvi uma das suas
E eu vou fazer a sua cabeça queimar
Pense em mim nas profundezas do seu desespero
Criando um lar lá em baixo
Já que as minhas não serão compartilhadas.

quarta-feira, 6 de julho de 2011

Suas mãos penderam , como uma criança transida de emoção , achegou-se violentamente a ele.
Grossas lagrimas desciam de seus olhos fechados.
Despiu-se devagar , deitou-se , deixando a lâmpada acesa por um bom momento. Uma hora mais tarde , ouviu os passos pelo corredor.
Fingiu que dormia.
Anos passados , já de cabelos grisalhos , muitas vezes sentava-me à janela para contemplar com olhos sonhadores o pôr do sol e o céu de tormenta , onde blocos de nuvens despedaçados chegavam sempre do oeste , numa perseguição incessante , como uma imagem da inquieta aspiração humana pela eternidade.
Sem ar , não consigo respirar.
A cabeça cheia me sufocando , uma sensação de que algo ruim me aconteceu.
Não consigo me lembrar .
Lutando para voltar a superficie do lago escuro que me afoga.
Será que ainda estou por aqui? 
Por aqui tentando achar no escuro todos os meus pedaços .
A sensação de que o ar não chega aos meus pulmões ainda continua.